quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Buraco das Araras

 
O Buraco das Araras está localizado a 110 km de Brasília-DF e a 35 km da cidade de Formosa-GO. Esta cratera surgiu do desabamento do teto de uma grande gruta, devido a ação da água sobre o terreno de calcário, dissolvendo os seus componentes no decorrer do tempo. Este tipo de cratera recebe o nome de DOLINA (do eslovaco, pequeno vale; é uma depressão no solo característica de relevos cársticos, formada pela dissolução química de rochas calcárias abaixo da superfície; quando causada por desmoronamento de cavernas, são chamadas dolinas de colapso), tendo esta a peculiaridade de ser de formação quartizítica, sendo uma das maiores deste tipo no Brasil e a segunda no centro-oeste.

 
No interior da cratera existe uma pequena mata densa e úmida, com trilha que conduz a uma grande abertura na estrutura rochosa e que forma um gigantesco salão com grande declividade do terreno. Ao final desta declividade tem um pequeno buraco, com passagem para apenas uma pessoa, que dá acesso a uma pequena caverna de aproximadamente 35m a qual termina em um pequeno lago de águas bem transparentes e fria.

É conhecido como Buraco das Araras, pois há algum tempo existiam araras que habitavam no local. Atualmente existem maritacas, periquitos e um grupo de cerca de cinco macacos que utilizam o local para dormir e ao amanhecer saem.
A cratera é um excelente local para a prática de rapel, devido a profundidade de cerca de setenta metros, dos quais, dependendo do local de descida, quinze metros são positivos (em contato com a rocha) e cinquenta e cinco são de negativa (sem contato com a rocha). A volta a superfície é por uma trilha ascendente bem irregular, que requer atenção, precaução e medidas de segurança (uso de EPI e EPC).

É de bom senso visitar o atrativo turístico acompanhado de uma equipe que tenha capacitação técnica, treinamento e experiência, para poder usufruir das atividades que o local proporciona como: rapel, pequena trilha, espeleologia, pequeno mergulho livre.
O local é muito bom para curtir uma aventura junto a natureza, sempre lembrando que  colocar-se em perigo não é o mesmo que se aventurar.


domingo, 14 de novembro de 2010

PANTA REI

            Recebi um e-mail interessante com muitas fotos bonitas, falando sobre a expressão Panta Rei, do pensador Heráclito, que significa "tudo muda".
            Ao observarmos o mundo, a natureza, vemos que nada é estático, tudo  é dinâmicco. Desde um ser microscópico até fenômenos naturais, tudo envolve movimento, deslocamento de energia para as coisas acontecerem.
           Para o homem o pensamento tem grande influência na sua condição de existir, tanto que "você é aquilo que você pensa", sendo fator determinante no modo de ser e de agir. Uma maneira bacana de se pensar, é ter em mente a existência da vida e das coisas como algo transitório e procurar vivenciar os momentos com dedicação, motivação, envolvimento, de forma que cada dia seja pleno, vívido como  único, aproveitando bem o aqui e agora, de modo a realizar o intuito humano de "que seja eterno enquanto dure".
           É oportuno refletir que nada é tão certo, estável, seguro para sempre. Buscar boas perspectivas com o imprevisível, almejar mudanças, pretender algo novo, podem proporcionar situações positivas, de crescimento pessoal, de maior satisfação, passando a vida a ter mais sentido. Estejamos dispostos a começar sempre, assim como o nascer do sol, nos indicando o início de um novo dia, pois nada é mais certo do que a incerteza.
           Tudo muda, tudo flui, nada persiste.
           Abaixo, algumas imagens da apresentação. Para quem quiser vê-la na íntegra, o link está aqui.







domingo, 7 de novembro de 2010

São Jorge (Alto Paraíso-GO)

 



Os primeiros habitantes da região na qual está localizada a Vila de São Jorge foram os índios Avá Canoeiros, Crixás e Goyazes. Em 1592 os bandeirantes abriram as primeiras trilhas em busca de ouro e pedras preciosas. Por volta de 1730 outros bandeirantes chegaram, sendo a bandeira mais significativa a do Anhanguera. Traziam consigo escravos negros, que quando oportuno fugiam para as montanhas, onde constituiam comunidades. Exemplo disto são os Kalungas ao norte do município de Cavalcante-GO, cidade que foi centro da ocupação de toda a Chapada. A implantação da propriedade do Sr. Francisco de Almeida, que ocorreu em 1750, foi fato importante e decisivo para o povoamento da região de Alto Paraíso. A Fazenda Veadeiros passou a ser um pequeno núcleo de colonização.
Em 1912 foi descoberta a primeira grande jazida de cristal-de-rocha da Chapada, sendo que o povoamento de São Jorge ocorreu em função da tentativa de exploração desse mineral. O local foi constituído inicialmente por um acampamento de garimpeiros chamado Garimpão, que depois recebeu o nome de Baixa. A exploração de cristal provocou um aumento do número de moradores transformando-o no povoado que passou a ser conhecido por Baixada dos Veadeiros, conforme registro paroquial. Posteriormente um grupo de garimpeiros liderados por Severiano da Silva Pires, possuidores de uma imagem de São Jorge, tiveram a iniciativa de batizar a localidade com o nome deste santo. Este fato encontra-se no Livro de Registro da Paróquia, escriturado no ano de 1954.
Em 1996 foi criado o Distrito de São Jorge através da Lei Municipal n° 499/96 de 06/Dez/1996, estabelecendo o território do Distrito, constando que será representado por um Sub-Prefeito, de livre indicação do Prefeito Municipal de Alto Paraíso.
                                                                                                         
 



                  
 

São Jorge é um distrito pequeno com cerca de 300 moradores, com aproximadamente 107 casas, sendo 72 de moradores fixos, 26 principalmente utilizadas em finais de semana e 9 para aluguel. O portão de entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros situa-se próximo a vila. É aberta a visitação pública com o acompanhamento de guias e acesso às proximidades da principal cachoeira do local, de 120m de altura.
Os recursos naturais são bem preservados. Destaca-se nesta localidade a variedade e quantidade de atrativos, cada um com sua beleza peculiar. Muitas cachoeiras, trilhas de diversas extensões e graus de dificuldades, águas quentes, o Vale da Lua, canyons, campinas, mirantes naturais com vista para grandes vales e muito mais; a presença grandiosa da natureza em todas as direções.
“O tempo é eterno”. Em São Jorge temos a sensação que a vida é mais duradoura, longínqua, parece até que a vida passa mais devagar.
Vale lembrar que no período das chuvas ocorrem trombas d’água.
Link de uma pousada, com fotos do local e um mapa (procure em "como chegar") com o trajeto de Brasília a São Jorge:  Pousada Mundo dha Lua.

                                                                      
 



Referências da postagem:

Fotos: cedidas por Cauan (Frenético)