O Parque
Nacional de Brasília, criado pelo Decreto nº 241 de 29 de novembro de 1961 com
área de 30.000 hectares, é unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia federal vinculada ao
Ministério do Meio Ambiente. Sua criação tem relação direta com a construção de
Brasília. No ano de 2006 houve ampliação da área para 42.389 hectares, conforme
Lei nº 11.285 de 08 de março de 2006.
Em 1993 a
área do parque foi reconhecida pela UNESCO como Zona Núcleo da Reserva da
Biosfera do Cerrado no Distrito Federal.
As terras
do parque estão em uma área onde houve presença humana no decorrer dos séculos
XVlll, XlX e XX, evidenciadas, por exemplo, com
o trecho da Estrada Real da Bahia que vinha das Minas de Ouro de Goyaz, passava nas proximidades
da estrada do Lago Oeste-DF e dirigia-se para o Arraial dos Couros (atual
Formosa-GO) via Sobradinho-DF e Arraial Mestre D’Armas (atual Planaltina-DF);
pelos vestígios da casa do baiano Gil na proximidade do córrego Três Barras; e pela Estrada
Santa Luzia (atual Luziânia-GO) a Mestre D’Armas onde hoje é a Estrada Parque
Indústria e Abastecimento (EPIA-DF); o Acampamento da Comissão Cruls às margens
do córrego do Brejo (atual piscina do parque e córrego Acampamento).
Entre as
fazendas desapropriadas estavam as Brejo ou Torto, Santa Maria e Bananal, que
cederam suas terras ao atual Plano Piloto e ao Parque Nacional de Brasília.
Em 24 de
maio de 1957 é celebrado acordo entre o Ministério da Agricultura e a Novacap,
sobre a instalação de viveiros para cultivo de mudas para florestamento da área
de Brasília nas terras desapropriadas da fazenda Bananal. Ao encerrar o acordo
em 1961, o engenheiro agrônomo Ezechias Paulo Heringer propõem juntamente com o
diretor do Serviço Florestal Manoel Carneiro de Albuquerque a criação do Parque
Nacional de Brasília.
O
território do parque está organizado em seis zonas diferentes (intangível,
primitiva, uso extensivo, uso intensivo, de recuperação e de uso especial). No
interior da unidade de conservação (UC) está a Barragem de Santa Maria,
responsável pelo abastecimento de cerca de 25% da água utilizada no Distrito Federal.
O Parque
Nacional de Brasília (PNB)
integra a Reserva da Biosfera do Cerrado criada em 1992 para o Programa “O
Homem e a Biosfera” da UNESCO, que compreende cerca de 40% da área do Distrito
Federal, do qual participam também o Jardim Botânico, a Reserva Ecológica do
IBGE, a Fazenda Água Limpa da UNB, a Estação Ecológica Águas Emendadas. O PNB conta com uma torre de observação,
museu, auditório, biblioteca, lanchonete, vestiários, duas piscinas de água
mineral e centro de visitantes. O acesso do público é pelo Portão 1, situado na BR 450,
Km 8,5, Via Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA) - Setor Militar
Urbano.
As
piscinas se formaram a partir dos poços de água, que surgiram às margens do
córrego Acampamento, pela extração de areia. A qualidade da água é testada
semanalmente pelo laboratório da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito
Federal (CAESB), tendo resultado excelente para balneabilidade.
O parque
dispõe de duas trilhas: a da Capivara, com 1.300 metros de extensão, aberta à
visitação de terça feira a domingo das 6 às 16 horas e a Cristal Água, com 5 km
de extensão, aberta à visitação de segunda feira a domingo das 6 às 15h30.
Conforme a
portaria ICMBio nº 2/2010 os ingressos são: público em geral R$13,00 e desconto
Brasil (50%) R$6,50.
Meus
agradecimentos à
Diana, Cibele e Fábio, extensivos aos demais servidores do PNB – Parque
Nacional de Brasília, pela cordial recepção, pela atenção dispensada e pela
disponibilização das informações referentes ao PNB. Agradeço a confiança e
credibilidade depositadas na proposta deste Blog.
Referências da postagem: 1) VIEIRA JÚNIOR, Wilson Carlos Jardim. Vestígios no Parque Nacional de Brasília e na Reserva Biológica da Contagem: do campo da invisibilidade ao lugares da memória. Dissertação. Brasília, 2010, Universidade de Brasília.
2) Material cedido pela equipe do Parque Nacional de Brasília.