MORRO DA PEDREIRA OU DO URUBU

O Morro da Pedreira está localizado no norte do Distrito Federal, na região administrativa de Sobradinho. O deslocamento até o morro, saindo de Brasília, é feito pela BR 020 (saída norte) até o Posto Colorado-DF onde acessa-se a DF 150 e prossegue-se por 14 Km até o entroncamento com a DF 205 e segue-se na direção oeste por mais 17 Km chegando-se próximo ao morro.

O Distrito Federal situa-se numa área onde afloram rochas de quatro grupos geológicos distintos: grupo Paranoá, grupo Canastra, grupo Araxá e grupo Bambuí. O grupo Paranoá predomina em superfície aflorante e corresponde à unidade onde se formam as cavernas.

O carste (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carste) no DF está em sua maior parte associado aos terrenos de planície do alto curso do rio Maranhão e seus tributários. O Morro da Pedreira localiza-se em região de vales, onde predominam morrotes, serras, morros com escarpas acentuadas delimitando vales profundos (Pinto, 1990). O morro da pedreira está à margem direita do ribeirão de mesmo nome, um tributário do rio Maranhão.

O morro se encontra em uma Zona de Preservação do Patrimônio Natural (ZPPN). Conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) o Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.

Neste morro localiza-se o abismo Fodifica, com cerca de 49 metros, sendo local ideal do DF para a prática de atividades de escalada e treinamentos de técnicas verticais específicas como: passagem de fracionamentos, desvios, nós, passagens confinadas, variações de montagem de ancoragens, espeleoresgate. Possui várias vias de escalada, dentre as quais a Libélula, com cerca de 18 metros, e a Corpos Ardentes, com cerca de 22 metros. Este local é importante para o aprendizado e aprimoramento das técnicas verticais /espeleoverticais.

Queixada de animal fossilizada, encontrada na parte mais profunda do Abismo Fodifica.

Referências da postagem:

1. PEREIRA, Guilherme Vendramini e outros. Sistema Espeleológico Morro da Pedreira: Estudos Espeleogenéticos e Morfológicos em Importante Sistema de Cavernas do Distrito Federal. Anais do XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia.

2. http://www.ibram.df.gov.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=97758 

3. ARENAS, Paulo. Morro da Pedreira deve virar monumento natural. Boletim Eletrônico da Sociedade Brasileira de Espeleologia. Ano 5 - nº 153 - 01/04/2010. 

PARQUE NACIONAL DE BRASÍLIA

O Parque Nacional de Brasília, criado pelo Decreto nº 241 de 29 de novembro de 1961 com área de 30.000 hectares, é unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Sua criação tem relação direta com a construção de Brasília. No ano de 2006 houve ampliação da área para 42.389 hectares, conforme Lei nº 11.285 de 08 de março de 2006.

Em 1993 a área do parque foi reconhecida pela UNESCO como Zona Núcleo da Reserva da Biosfera do Cerrado no Distrito Federal.

As terras do parque estão em uma área onde houve presença humana no decorrer dos séculos XVlll, XlX e XX, evidenciadas, por exemplo, com o trecho da Estrada Real da Bahia que vinha das Minas de Ouro de Goyaz, passava nas proximidades da estrada do Lago Oeste-DF e dirigia-se para o Arraial dos Couros (atual Formosa-GO) via Sobradinho-DF e Arraial Mestre D’Armas (atual Planaltina-DF); pelos vestígios da casa do baiano Gil na proximidade do córrego Três Barras; e pela Estrada Santa Luzia (atual Luziânia-GO) a Mestre D’Armas onde hoje é a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA-DF); o Acampamento da Comissão Cruls às margens do córrego do Brejo (atual piscina do parque e córrego Acampamento).

Entre as fazendas desapropriadas estavam as Brejo ou Torto, Santa Maria e Bananal, que cederam suas terras ao atual Plano Piloto e ao Parque Nacional de Brasília.

Em 24 de maio de 1957 é celebrado acordo entre o Ministério da Agricultura e a Novacap, sobre a instalação de viveiros para cultivo de mudas para florestamento da área de Brasília nas terras desapropriadas da fazenda Bananal. Ao encerrar o acordo em 1961, o engenheiro agrônomo Ezechias Paulo Heringer propõem juntamente com o diretor do Serviço Florestal Manoel Carneiro de Albuquerque a criação do Parque Nacional de Brasília.

           O território do parque está organizado em seis zonas diferentes (intangível, primitiva, uso extensivo, uso intensivo, de recuperação e de uso especial). No interior da unidade de conservação (UC) está a Barragem de Santa Maria, responsável pelo abastecimento de cerca de 25% da água utilizada no Distrito Federal.

O Parque Nacional de Brasília (PNB) integra a Reserva da Biosfera do Cerrado criada em 1992 para o Programa “O Homem e a Biosfera” da UNESCO, que compreende cerca de 40% da área do Distrito Federal, do qual participam também o Jardim Botânico, a Reserva Ecológica do IBGE, a Fazenda Água Limpa da UNB, a Estação Ecológica Águas Emendadas. O PNB conta com uma torre de observação, museu, auditório, biblioteca, lanchonete, vestiários, duas piscinas de água mineral e centro de visitantes. O acesso do público é pelo Portão 1, situado na BR 450, Km 8,5, Via Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA) - Setor Militar Urbano.

As piscinas se formaram a partir dos poços de água, que surgiram às margens do córrego Acampamento, pela extração de areia. A qualidade da água é testada semanalmente pelo laboratório da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB), tendo resultado excelente para balneabilidade.

O parque dispõe de duas trilhas: a da Capivara, com 1.300 metros de extensão, aberta à visitação de terça feira a domingo das 6 às 16 horas e a Cristal Água, com 5 km de extensão, aberta à visitação de segunda feira a domingo das 6 às 15h30.

Conforme a portaria ICMBio nº 2/2010 os ingressos são: público em geral R$13,00 e desconto Brasil (50%) R$6,50.

            Meus agradecimentos à Diana, Cibele e Fábio, extensivos aos demais servidores do PNB – Parque Nacional de Brasília, pela cordial recepção, pela atenção dispensada e pela disponibilização das informações referentes ao PNB. Agradeço a confiança e credibilidade depositadas na proposta deste Blog.

Referências da postagem:  1) VIEIRA JÚNIOR, Wilson Carlos Jardim. Vestígios no Parque Nacional de Brasília e na Reserva Biológica da Contagem: do campo da invisibilidade ao lugares da memória. Dissertação. Brasília, 2010, Universidade de Brasília.

                                         2) Material cedido pela equipe do Parque Nacional de Brasília.

SALTO DO ITIQUIRA

                       O nome Itiquira é de origem tupi e significa água vertente, água em abundância, o minadouro. Segundo Botelho(2004) existem cerca de 36 nascentes de água que formam o Rio Itiquira, o qual após formar outras belas cachoeiras como a do Indaiá (com cerca de 15m) e a Véu de Noiva (com cerca de 30m), forma o Salto do Itiquira com 168 metros.

chegando ao parque

                        O salto situa-se dentro do Parque Municipal do Itiquira, no município de Formosa-GO. A área do parque é de 10 alqueires, e está localizado no Vale do Paraná. Foi criado em 16 de setembro de 1981.

                       O parque possui boa estrutura. Antes da entrada, há estacionamento, restaurante/lanchonete e banheiros. O caminho até o Salto é calçado com pedras. Durante a caminhada,       cruzando o rio, existem pontes de madeira e de metal. Existem locais para banho, bancos para repouso, banheiros.

                       Tem um mirante no alto da cachoeira, no início da queda d`água. Dele se tem uma vista panorâmica muito bonita do Vale do Paraná, e visualização de toda a queda d`água. Para se chegar ao mirante, existem duas opções. A primeira, uma trilha pela cachoeira do Indaiá, com percurso de cerca de 1h40min de caminhada. A segunda é a trilha com início no interior do parque, com percurso de cerca de 50 min de caminhada em terreno íngreme.

Vista do Vale Paranã

Vista do Alto do Salto Itiquira

                        O Salto do Itiquira está a aproximadamente 115 km da Rodoviária do Plano Piloto (Brasília –DF) e a 32 km da cidade de Formosa.  Para acesso à cachoeira é cobrada taxa de entrada.

Cachoeira secundária, após o Salto

 Referâncias:  http://www.formosaturismo.net46.net/itiquira/itiquira.html

                     http://pt.wikipedia.org/wiki/Salto_do_Itiquira

                     brasilchannel.com.br

                    

SALTO CORUMBÁ

Salto Corumbá

O Salto Corumbá localiza-se a cerca de 120 km de Brasília-DF e a cerca de 10km de Corumbá de Goiás-GO. Esta última originou-se com a chegada de garimpeiros em 1730, vindos de Pirenópolis-GO após conflitos com os moradores locais devido à sujeira levada ao Rio das Almas, principal rio que abastecia a cidade, pela atividade de garimpo.

Vista da fenda e Salto Corumbá

           O minerador francês Bernard d’Arena deixou sua marca na fenda que abriu na rocha, logo abaixo da cachoeira, para escoar a água represada depois da queda d’água e retirar a grande quantidade de ouro acumulada naquela grande bateia natural.

Piscina abaixo da fenda, local da Tirolesa.

O Salto Corumbá está localizado dentro de uma propriedade particular, sendo permitido o acesso mediante pagamento de entrada, no valor de R$ 18,00 (em março/2011) por pessoa. O local possui infra-estrutura que inclui uma pousada, área de camping, tirolesa com cerca de 90 metros. Também é possível praticar rapel, ao lado da cachoeira, e rafting no rio Corumbá mas, estas atividades somente são permitidas se realizadas pela Cerrado Aventuras.

Vista panorâmica, do alto do Salto

 A distância da portaria até a parte superior da cachoeira é de cerca de 1,5 km. A caminhada é de grau moderado, com a inclinação do terreno aumentando gradativamente até ficar bem acentuada. Embaixo da cachoeira encontra-se uma grande piscina natural, com areia nas margens e, mais abaixo, após a abertura feita pelo garimpeiro na rocha, há outra piscina igualmente grande.

Trecho da trilha

Vista, do alto do Salto Corumbá

Próximo ao portão de entrada há uma pequena trilha, com duração de cerca de 20 min, que conduz a uma pequena queda d’água com um acesso lateral para uma gruta, sendo esse acesso por dentro da água. No caminho, é possível encontrar animais, como macacos. 

Cachoeira, na entrada da gruta

 Para quem desejar, é oferecido o aluguel de cavalos, para percorrer uma das trilhas que leva até o Salto Corumbá com montaria.

Trecho do rio acima do Salto, subindo

Vista do rio acima do Salto, descendo

Referências: www.revistaturismo.com.br/ecoturismo/corumba.html 

                   http://pt.wikipedia.org/wiki/Corumbá_de_Goiás

                   http://mochileiro.tur.br/corumbago.htm

                   http://www.saltocorumba.com.br/?id=historico

MAMBAÍ - GO

Cachoeira do Funil

            A cidade de Mambaí-GO, a 310 Km de Brasília, possui um grande potencial para o Ecoturismo e Turismo de Aventuras, devido às condições naturais de relevo e hidrografia, possibilitando muitas atividades, como:

Trilhas: da cachoeira do Funil (grau de dificuldade fácil, caminhada em pequena mata ciliar, labirinto de pedras, trecho de cerca de 50 metros em gruta, terminando o percurso na cachoeira do Funil, perfazendo aproximadamente 20 minutos); do Poço Azul (grau de dificuldade moderada, com trechos atravessando campos de pastagem, uma pequena mata ciliar, mata de galeria, travessia do Rio Vermelho, descida e subida próximo a um paredão rochoso com cerca de 40 metros. O percurso leva cerca de 1h30min, e conduz a três poços que, durante a estiagem, tem águas azuis límpidas e cristalinas, e, durante o período de chuvas,  ficam em tons de verde, num cenário natural espetacular). Existem outras trilhas, como a Itaguassu e a Tarimba.

Labirinto de Pedra

            Espeleologia: Lapa das Dores, uma pequena caverna de aproximadamente 100 metros, que possui uma clarabóia com cerca de 25 metros de altura bem no centro. Rapel com bela vista do cenário. Tem uma pequena trilha para acesso ao local de cerca de 15 minutos. A Lapa do Penhasco, com acesso por uma pequena trilha de 10 min. e descida próximo a um penhasco de cerca de 30 metros. Outras cavernas do local: Senhor dos Anéis, Gruta do Jaú, Caverna Tarimba.

Lapa do Penhasco

Lapa das Dores

            Rapel: no Canyon do Rio Vermelho, com altura de 80 metros; na Lapa das Dores em clarabóia com 25 metros de altura. Estes locais contam com estrutura metálica para facilitar a descida.

Estrutura Metálica - Clarabóia Lapa das Dores

Estrutura para rapel - Canyon do Rio Vermelho

            Tirolesa: no canyon do Rio Vermelho, com 320 metros de comprimento e 102 metros de altura.

Tirolesa no Canyon do Rio Vermelho

             Escalada: penhasco localizado na trilha do Poço Azul com cerca de 40 metros. Outros locais em atrativos turísticos.

            Canyionismo: Canyon do Rio Vermelho.

            Piscinas Naturais: Poço Azul (1,2 e 3) no final da trilha do Poço Azul, e Paraíso do Cerrado, no município de Damianópolis, a 30 km de Mambaí. 

Poço Azul 1

Poço Azul 2

Poço Azul 3

            Bóia cross: no Rio Vermelho.

            A área do atual município de Mambaí-GO pertencia ao município de Posse-GO. Com o decorrer do tempo, atividades econômicas, o então povoado de Riachão (nome originado do Rio Riachão) evoluiu para a categoria de Distrito, passando a se chamar Mambaí e, posteriormente, foi elevado a município. O nome Mambaí origina-se da fusão da palavra mangaba (fruto da mangabeira, planta nativa do cerrado) com o nome Bahia, devido à proximidade com este Estado (13 km da cidade para a divisa entre os estados de Goiás e Bahia).

Canyon do Rio Vermelho

Cachoeira Paraíso do Cerrado

             A área do município está totalmente (100%) inserida na APA (área de Proteção Ambiental) Nascentes do Rio Vermelho, que engloba também parte dos municípios de Damianópolis, Buritinópolis e Posse, todos municípios goianos.

               Referências: Secretaria Municipal de Turismo de Mambaí-GO
                                   Wikipédia
                                   Prefeitura do Município de Mambaí - Histórico