terça-feira, 26 de junho de 2012

MORRO DA PEDREIRA OU DO URUBU




O Morro da Pedreira está localizado no norte do Distrito Federal, na região administrativa de Sobradinho. O deslocamento até o morro, saindo de Brasília, é feito pela BR 020 (saída norte) até o Posto Colorado-DF onde acessa-se a DF 150 e prossegue-se por 14 Km até o entroncamento com a DF 205 e segue-se na direção oeste por mais 17 Km chegando-se próximo ao morro.

O Distrito Federal situa-se numa área onde afloram rochas de quatro grupos geológicos distintos: grupo Paranoá, grupo Canastra, grupo Araxá e grupo Bambuí. O grupo Paranoá predomina em superfície aflorante e corresponde à unidade onde se formam as cavernas.


O carste (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carste) no DF está em sua maior parte associado aos terrenos de planície do alto curso do rio Maranhão e seus tributários. O Morro da Pedreira localiza-se em região de vales, onde predominam morrotes, serras, morros com escarpas acentuadas delimitando vales profundos (Pinto, 1990). O morro da pedreira está à margem direita do ribeirão de mesmo nome, um tributário do rio Maranhão.


O morro se encontra em uma Zona de Preservação do Patrimônio Natural (ZPPN). Conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) o Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.

Neste morro localiza-se o abismo Fodifica, com cerca de 49 metros, sendo local ideal do DF para a prática de atividades de escalada e treinamentos de técnicas verticais específicas como: passagem de fracionamentos, desvios, nós, passagens confinadas, variações de montagem de ancoragens, espeleoresgate. Possui várias vias de escalada, dentre as quais a Libélula, com cerca de 18 metros, e a Corpos Ardentes, com cerca de 22 metros. Este local é importante para o aprendizado e aprimoramento das técnicas verticais /espeleoverticais.
Queixada de animal fossilizada, encontrada na parte mais profunda do Abismo Fodifica.

Referências da postagem:
1. PEREIRA, Guilherme Vendramini e outros. Sistema Espeleológico Morro da Pedreira: Estudos Espeleogenéticos e Morfológicos em Importante Sistema de Cavernas do Distrito Federal. Anais do XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia.
3. ARENAS, Paulo. Morro da Pedreira deve virar monumento natural. Boletim Eletrônico da Sociedade Brasileira de Espeleologia. Ano 5 - nº 153 - 01/04/2010. 

domingo, 27 de maio de 2012

PARQUE NACIONAL DE BRASÍLIA




O Parque Nacional de Brasília, criado pelo Decreto nº 241 de 29 de novembro de 1961 com área de 30.000 hectares, é unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Sua criação tem relação direta com a construção de Brasília. No ano de 2006 houve ampliação da área para 42.389 hectares, conforme Lei nº 11.285 de 08 de março de 2006.

Em 1993 a área do parque foi reconhecida pela UNESCO como Zona Núcleo da Reserva da Biosfera do Cerrado no Distrito Federal.

As terras do parque estão em uma área onde houve presença humana no decorrer dos séculos XVlll, XlX e XX, evidenciadas, por exemplo, com o trecho da Estrada Real da Bahia que vinha das Minas de Ouro de Goyaz, passava nas proximidades da estrada do Lago Oeste-DF e dirigia-se para o Arraial dos Couros (atual Formosa-GO) via Sobradinho-DF e Arraial Mestre D’Armas (atual Planaltina-DF); pelos vestígios da casa do baiano Gil na proximidade do córrego Três Barras; e pela Estrada Santa Luzia (atual Luziânia-GO) a Mestre D’Armas onde hoje é a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA-DF); o Acampamento da Comissão Cruls às margens do córrego do Brejo (atual piscina do parque e córrego Acampamento).

Entre as fazendas desapropriadas estavam as Brejo ou Torto, Santa Maria e Bananal, que cederam suas terras ao atual Plano Piloto e ao Parque Nacional de Brasília.

Em 24 de maio de 1957 é celebrado acordo entre o Ministério da Agricultura e a Novacap, sobre a instalação de viveiros para cultivo de mudas para florestamento da área de Brasília nas terras desapropriadas da fazenda Bananal. Ao encerrar o acordo em 1961, o engenheiro agrônomo Ezechias Paulo Heringer propõem juntamente com o diretor do Serviço Florestal Manoel Carneiro de Albuquerque a criação do Parque Nacional de Brasília.


           O território do parque está organizado em seis zonas diferentes (intangível, primitiva, uso extensivo, uso intensivo, de recuperação e de uso especial). No interior da unidade de conservação (UC) está a Barragem de Santa Maria, responsável pelo abastecimento de cerca de 25% da água utilizada no Distrito Federal.

O Parque Nacional de Brasília (PNB) integra a Reserva da Biosfera do Cerrado criada em 1992 para o Programa “O Homem e a Biosfera” da UNESCO, que compreende cerca de 40% da área do Distrito Federal, do qual participam também o Jardim Botânico, a Reserva Ecológica do IBGE, a Fazenda Água Limpa da UNB, a Estação Ecológica Águas Emendadas. O PNB conta com uma torre de observação, museu, auditório, biblioteca, lanchonete, vestiários, duas piscinas de água mineral e centro de visitantes. O acesso do público é pelo Portão 1, situado na BR 450, Km 8,5, Via Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA) - Setor Militar Urbano.


As piscinas se formaram a partir dos poços de água, que surgiram às margens do córrego Acampamento, pela extração de areia. A qualidade da água é testada semanalmente pelo laboratório da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB), tendo resultado excelente para balneabilidade.

O parque dispõe de duas trilhas: a da Capivara, com 1.300 metros de extensão, aberta à visitação de terça feira a domingo das 6 às 16 horas e a Cristal Água, com 5 km de extensão, aberta à visitação de segunda feira a domingo das 6 às 15h30.

Conforme a portaria ICMBio nº 2/2010 os ingressos são: público em geral R$13,00 e desconto Brasil (50%) R$6,50.

            Meus agradecimentos à Diana, Cibele e Fábio, extensivos aos demais servidores do PNB – Parque Nacional de Brasília, pela cordial recepção, pela atenção dispensada e pela disponibilização das informações referentes ao PNB. Agradeço a confiança e credibilidade depositadas na proposta deste Blog.

Referências da postagem:  1) VIEIRA JÚNIOR, Wilson Carlos Jardim. Vestígios no Parque Nacional de Brasília e na Reserva Biológica da Contagem: do campo da invisibilidade ao lugares da memória. Dissertação. Brasília, 2010, Universidade de Brasília.

                                         2) Material cedido pela equipe do Parque Nacional de Brasília.